Leitura MnV

Porra!! Como não abriram esse tópico ainda seus putos....Postem ai suas últimas leituras



Não gostei muito do livro, as poucas resenhas que li, elogiaram demais, achei o começo meio arrastado e fez com que a leitura não fluísse muito, só após umas 100 páginas é que engatei pra valer a leitura, foi meio decepcionante, tipo quando li Butcher´s Crossing do John Williams, com o John eu vinha empolgado com Stoner e do Cormac tinha a referência de A Estrada e Butchers e Todos Os Belos...tem esse espírito Cowboy, mas no caso do Cormac é bem mais amplo a parada...bom, se alguém já leu fala ae...



HQ bem legal que reli, é o mesmo sentimento do Fahrennheit 451, cidade certinha, existe um inimigo externo, o cara vive uma vida e não questiona nada, até o dia que um fiapo de barba surge e tudo muda na cidade

Eu lembrei desse tópico, mas esqueci de criar.

Atualmente estou lendo este:


É menos rebuscado e cheio de floreios do que os outros livros do autor, devido ao tema mais "másculo" da estória. Mas provavelmente isso vai mudar quando o protagonista se apaixonar. Pode ser viagem minha, mas enxergo até certos elementos de fantasia na estória, por causa daquela espécie de "telepatia" do personagem com os cavalos.

Tio Priest escreveu:Porra!! Como não abriram esse tópico ainda seus putos....Postem ai suas últimas leituras



Não gostei muito do livro, as poucas resenhas que li, elogiaram demais, achei o começo meio arrastado e fez com que a leitura não fluísse muito, só após umas 100 páginas é que engatei pra valer a leitura, foi meio decepcionante, tipo quando li Butcher´s Crossing do John Williams, com o John eu vinha empolgado com Stoner e do Cormac tinha a referência de A Estrada e Butchers e Todos Os Belos...tem esse espírito Cowboy, mas no caso do Cormac é bem mais amplo a parada...bom, se alguém já leu fala ae...

Bem, suspeito falando aqui pois sou fã do Cormac McCarthy. Gostei bastante desse livro. Tem algo que me agrada bastante, que é a linguagem desoladora e violenta, mas ainda assim bela, quase bíblica - influência clara do Faulkner aí, tanto na ambientação quanto na prosa. Esse contraste me pega de jeito sempre.

Isso dito, vale ressaltar que não considero o livro nenhuma obra-prima. Como já faz uns anos que li, muita coisa me escapa, mas o que me lembro, de cara, é da qualidade da escrita. Pouca gente escreve tão bem quanto o McCarthy na língua inglesa hoje. Dos quatro grandes americanos contemporâneos (três, agora que o Philip Roth morreu), é o que tem o estilo mais particular e facilmente reconhecível. Gosto do tom profético do livro, essa coisa que é ao mesmo tempo misteriosa, indescritível, mas de alguma forma familiar, apocalíptica porém humana. Ele não explora isso tanto quando explorou em A estrada ou Meridiano de sangue, mas é bonito de se ver.

Outra coisa de que me lembro é a relação homem x natureza. O deserto e a região fronteiriça é um universo próprio, opressor, um negócio imenso que causa medo sem deixar de extasiar por uma certa beleza meio divina. Você percebe que nos livros dele, e esse não é exceção, não há espaço para Deus ou divindade, mas a natureza funciona como boa substituta, tratando todo mundo igual e com uma justiça toda torta, seja adulto ou criança.

Por fim, a falta de piedade do autor com os personagens, ao mesmo tempo em que narra tudo lindamente, é uma coisa de louco. Não sei se sou perturbado das ideias, mas fiquei na ânsia pela tragédia, página após página, porque tudo é bonito nessa porra de livro.

A história, por si só, não é a mais interessante do mundo, nesse sentido eu concordo que o livro deixa a desejar. Eu me encantei de verdade foi pela arquitetura da coisa, o jeito de contar. Tive uma boa experiência, embora não memorável. Acho que no meu Goodreads dei 4 estrelas pra ele.

Engraçado que no A Estrada eu notei bem mais essa desolação, eu imaginava o cenário todo e nesse não teve o mesmo impacto, acho que eu arrastei demais essa leitura, demorei mais de um mês e isso deve ter influenciado. Até a parte da família do fazendeiro que irá dar o tom mais na frente no livro, quando cheguei nessa parte eu senti que não tinha dado tanto importância lá atrás....

Nunca li nada do McCarthy, mas tenho bastante vontade de lê-lo.

No momento eu tô lendo Alias Grace. É bem interessante, porque a linguagem e a forma de contar a história se aproximam muito de O conto da aia, mas as similaridades param por aí. A história é ambientada em outra época, os temas são bem diferentes, embora existam algumas proximidades, e o relato se refere a uma história de crime e de loucura. Estou achando bem legal, principalmente porque a linguagem da Atwood é bastante cativante.

Segunda decepção com mitologia finlandesa, primeiro foi o Kullervo do Tolkien e agora esse...
O livro caminha muito pelo aspecto histórico da importância do Kalevala enquanto orgulho finlandês, fala muito do estudo envolvido em tradução mas quando chegamos no poema que ainda por cima é só a primeira parte de cinco, é bastante curto, poderiam ter abordado mais os personagens, o contexto e tal, há um glossário pobre no fim....

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Aprendo mais com o Amorphis

A estória do Kullervo do Tolkien é simplona mesmo, mas compreensível já que foi a primeira tentativa dele de escrever um conto. Mesmo assim achei legal, bem brutal.

Comecei o terceiro volume dessa maravilhosa série.